Nova etapa destaca pilares para a transformação da agricultura 

Mais uma etapa do movimento One Agro foi realizada, consolidando um dos eventos mais relevantes do calendário do agronegócio nacional. Com o tema central “Educação e Inovação”, o One Agro – The Customer trouxe reflexões importantes sobre os desafios e oportunidades para o futuro do setor produtivo no Brasil.

O agro como plataforma de transformação social

A painelista levou reflexões sobre como a educação tende a ser uma ferramenta de transformação também dentro agro brasileiro 

Letícia Jacintho, uma das vozes mais marcantes sobre a educação na atualidade, trouxe dados contundentes sobre a realidade do setor no Brasil. Com um olhar estratégico, ela alertou: “Temos 10 milhões de jovens que não estudam e não trabalham. Se não investirmos em educação com eficácia na aprendizagem, não há programa econômico que sustente o país”.

Ela destacou os índices preocupantes do Brasil em avaliações internacionais como o PISA, PILS e TIMSS, e reforçou a urgência de se repensar o sistema educacional com foco em resultados reais. Para ela, o setor produtivo — especialmente o agro — tem um papel vital na transformação dessa realidade.

“O setor produtivo trabalha de forma estratégica. Essa visão precisa ser aplicada à educação: medir, fatiar metas, corrigir rotas. É isso que pode mudar o Brasil”, afirmou.

Presidente da Associação De Olho no Material Escolar”, Letícia mostrou que é possível agir. A organização voluntária já atua em mais de 140 municípios, distribuídos em 15 estados, propondo melhorias práticas no conteúdo educacional oferecido a crianças e jovens. “O agro não pode apenas comunicar melhor, ele precisa estar presente na formação dos jovens desde cedo”, afirmou.

Painel “A educação como motor do agronegócio do futuro” com Letícia Jacintho, Nêmora Reche, Scott Downey e Roberto Fava

O agro como ponte entre o global e o local

Para o presidente da Syngenta Proteção de Cultivos Brasil, André Savino, o One Agro destaca a importância da educação e da inovação como os dois pilares centrais da construção de um agro mais forte, sustentável e protagonista.

“Esse foi um novo passo ao trazer o pensamento global para o contexto local. Cada troca de ideia aqui é uma oportunidade real de moldar o futuro do agronegócio brasileiro”, pontuou Savino.

Ele também ressaltou o papel do produtor rural como educador do consumidor urbano, reforçando a necessidade de criar pontes entre os dois mundos. “No fim, é tudo uma coisa só. A cidade e o campo precisam se entender, e isso passa por educação de qualidade e comunicação clara”.

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“Inovação é tudo aquilo que um dia vão chamar de óbvio”, destacou Arthur Igreja em sua palestra

Inovação no campo: da curiosidade à revolução

O painel sobre inovação trouxe Arthur Igreja, co-fundador da AAA Inovação, empresário, especialista em tecnologia e inovação, para discutir o impacto real da inteligência artificial (IA) no agro. Segundo ele, vivemos um momento comparável ao final dos anos 90 com a internet: ainda estamos entendendo o potencial da IA, mas já é evidente que ela será decisiva para quem quiser continuar competitivo.

“A IA não é o diferencial. O diferencial é a conexão entre a IA e os dados únicos de cada produtor. Isso é o que gera valor real”, explicou.

Arthur também trouxe números expressivos: o uso estratégico da IA pode representar entre 60 a 100 bilhões de dólares em produtividade para o agronegócio brasileiro. “É como trocar o carro pelo avião. Quem não embarcar, vai ficar para trás”, afirmou.

Parcerias que transformam

Além disso, o movimento tem somado forças com grandes parceiros, que também entendem a inovação e a educação como ferramentas de transformações.

Representando a Agropecuária Cavalca, o Diretor de Operações, Márcio Lima reforçou a importância da inovação no dia a dia do campo. Com mais de 40 anos de parceria com a Syngenta, ele destacou como a troca de conhecimento, o uso de novas tecnologias e o investimento em pessoas têm sido decisivos para o sucesso da operação.

“Tecnologia sem gente capacitada não entrega resultado. Investimos em gestão de pessoas, treinamento e posicionamento técnico no campo — tudo isso potencializado por parcerias como a da Syngenta, é o que temos vivenciado”, destacou.

Pedro Fernandes, Diretor de Agronegócio do Itaú BBA, destacou a importância de se incorporar inovações junto às necessidades dos produtores. Segundo ele, a tecnologia está no DNA do Itaú, para de fato mudar a vida do cliente. “Especialmente porque temos esse olhar técnico, nossa principal competência tem que ser a de conhecer o nosso cliente e saber o que levamos. Quando agimos com base nisso, é diferente”.

Painel A inovação como catalisadora da transformação do agro, com Arthur Igreja, Marcelo Eskenazi, Roberto Prado, Carlos Eduardo de Almeida Mazzei e Ioana Tudor

Um movimento de construção coletiva

Mais do que um evento, o One Agro – The Customer se consolidou como um marco de cocriação no agronegócio. Em um setor que precisa lidar com a complexidade da agricultura, a busca por produtividade e sustentabilidade passa, inevitavelmente, por inovação e educação.

Como bem resumiu Savino, um novo futuro está sendo moldado. “Estamos, não apenas discutindo, mas agindo. E é essa união que vai garantir que o Brasil lidere não só em produção, mas também em transformação.”

O agro do futuro não se constrói sozinho. E, como ficou claro nesta etapa do One Agro, ele começa dentro da sala de aula, se fortalece no campo e ganha força com a tecnologia.

A Syngenta apoia o produtor rural em todos os momentos, oferecendo soluções inovadoras e sustentáveis. 

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